domingo, 13 de fevereiro de 2011

Explique

Nunca imaginei que se recuperar de uma queda levariam anos. Até porque a gente de certa forma se recupera, esquece por um determinado tempo, e abusa. Foi então que desafiei à todos e segui. Segui acreditando que não, não iria ser tão estúpido a ponto de cometer o mesmo erro, de outra forma, outra vez. Hoje, nesse instante vi minha vida numa súbita retrospectiva. Não recuperei e pouco me enganei, então caí. Meu passado tu carregas em mãos, e me despedaça ao me fazer vivê-lo novamente. É o nome que tu citas, sonhos teus postos como objetivos, teu desdém a respeito de sentimentos meus. Se não sorrio, te calas. Mas que diabos é o amor?
Que se mantém com desprezo, fracasso e tudo mais. Vem então e diz pra mim que só vejo o lado ruim, que não é assim, que o pessimismo não me faz entender o afeto não-transparecido. Livra-te dos nomes das almas escuras, do desprazer de me fazer lembrar e chorar, acreditando que, a história está sendo lida por você. E que vais descansar após o término das palavras que me rasgam. E te mantenha de pé e ignore meus pedidos, te cale ao invés de mandar que eu me agarre à outra sustentabilidade. E prove, só pra mim, que vai muito além do que entendo sobre amor.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Onze

Então é assim...
Tua ausência por dois dias se faz presente, e com urgência preciso dizer como é não saber lidar com vis projeções do meu subconsciente. Meus pensamentos já não fazem parte do que reconheço, e chego à decadência de comparar tais lutas com textos casuais. Chego a desejar que façamos parte de um roteiro qualquer com um final previsível e ditoso. E por segundos tenho crido em palavras postas como passos, parágrafos como êxitos, vírgulas como tropeços e rastejos e o estado permanente de felicidade por não ter o ponto que anuncia o fim. Ponto do qual desfiz ao dar à alguém qualquer.
E se então é assim...
Com clareza e convicto, está às claras que a única razão das escritas contínuas é você, e todas as coisas que edifico são para que me retribua com teus sorrisos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Quiçá

Ando no automático, fazendo-me inconscientemente a mesma pergunta. É minha luta pessoal, luta pela sobrevivência dos meus interesses por mim mesmo. É preciso exorcizar e invocar os demônios, correr e se render, mergulhar nas alucinações desejadas e pedir sanidade. Apesar da divisão das cores, os lados estão jogados à mesa para serem escolhidos. A verdade é que os dois são tentadores, traiçoeiros e cobiçados. Eu caio, ponho-me de pé sem ver razão de ainda prosseguir, olho pra trás com arrependimento no olhar e me jogo. Entrego-me à fácil desistência de continuar. Sabendo que, dos milhares de pensamentos misturados, apenas um me fará desistir de desistir. Coisas que só a tecnologia guardada em meu armário conhece, são pensamentos ignorados que, se fossem avaliados, tais palavras estariam saindo do meu corpo em branco. São linhas confusas e claras, letras insanas que formam palavras que te fazem questionar as mesmas coisas que eu. E isso faz com que eu comece algo novo, jamais visto, e que me desafie e me faça perder. O prazer é perder, sofrer, rastejar e ser pisado. E não saber demais sobre temas que não estão legíveis e expor tuas dúvidas eternas em lugar qualquer.

domingo, 28 de novembro de 2010

Contraditório

Se eu me conhecesse bem, não teria me assustado com a atitude que hoje tive. Ao som de uma música qualquer que me levou até você, chorei. E me veio uma imensa necessidade de procurar ajuda. Quando digo ajuda, não me refiro à pessoas comuns. Refiro-me a algo superior que eu há poucos minutos atrás não acreditava. Então curvei-me e com minhas palavras, com meu modo de implorar eu o fiz. Orei. Embora seja diferente, irreal, e até mesmo irrisório o que estou fazendo, eu deixo a vergonha de lado. Se for como ela disse, que ao menos me sirva de alívio o desabafo em vão. Se for como sempre neguei acreditar, que não permitas que se esvaia o nosso amor. E mesmo que as palavras tenham saído com os olhos abertos, ou até mesmo observando à mim mesmo. O pedido foi sério. Pois tudo o que faço, as mudanças que tenho, valem a pena para tê-la aqui.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Volta Por Cima.

As noites não tem me perdoado. Elas trazem consigo a dor que não suporto mais. Parece um modelo de tortura perfeito me afastarem de tudo o que criei apego. Acho que não passa pela cabeça deles que tu rondas à cada lugar onde olho. Que não percebam então. Porque já evitaram momentos nossos e eu, agora quero vivê-los. Eu olho para as pessoas e tento encontrar um pouco de ti e é incrível como não encontro. Eu poderia rodar o mundo à procura de alguém, mas alguém já me tomou. Então sou teu. Sou teu, embora a saudade seja tudo o que eu sinta. Sou teu, embora meu olhares não cruzam os teus. Sou teu, embora o que eu tenha para lembrar são atitudes não-realizadas de nós dois. Ainda. E acima de tudo, sou teu por vontade própria. Por vantagem do teu gosto e da tua busca. E tu és minha. A pessoa da qual falo para as paredes, da qual escrevo poemas que se agarram à mim para que possa te entregar no conforto dos meus braços.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Don't go away.

Olhe pro céu que você irá enxergar, a noite não caiu e está tudo escuro lá fora. Há um conflito imenso de cavalheiros abandonando suas damas e o ar que respiram para encher seus pulmões, transformam-se em desamor. Permaneça aqui e não queria entender do mundo que não o nosso, mesmo que aqui seja quente, desconfortável e que a curiosidade seja maior do que teu medo de ir. Nunca, nunca se vá pois apesar de toda a dificuldade de respirar, aqui de dentro conseguimos expirar amor e união, e no momento, isso é tudo o que nos importa.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Permanente.

Estou em busca de flores! Não as que qualquer pessoa que apenas é corpo poderia lhe dar, mas sim as que alguém jamais avistou. As comparo com tua imagem pela semelhança de ambas luzes que me são tão visíveis, tão chamativas. E eu não consigo desviar meus olhos de ti, como se eles me hipnotizassem e pudessem me teletransportar para um lugar que muito tem para ser explorado. Em todas essas horas que voam nesses tão longos dias, pude entender então que sou eu quem vai desvendar tuas falas guardadas, teus sentimentos omitidos e teus medos não-revelados. Pois muito há por detrás do teu olhar, que por através deles conhecerão a história de nós dois que é contada a cada piscar.